quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Desprendimento de quê?


Queridos, boa noite!

Ouvimos muito falar sobre o desprendimento. Mas o que significa isso na prática? De que precisamos nos desprender, e por quê? Se existe uma jornada espiritual, em que todos nós podemos embarcar, qual seria a importância do desapego?

E até que ponto podemos ir no nosso desprendimento? Podemos, ou devemos, atingir um nível em que nos esquecemos de nós mesmos, negligenciando nossas necessidades mais básicas, as quais possuímos como seres humanos? Ou será que devemos chegar a um equilíbrio?

Como conseguimos achar a medida certa de apego e desapego? Será que existe algo a qual devemos nos apegar, a fim de nos desprender das coisas desnecessárias deste mundo?

Será que os livros sagrados das grandes religiões podem nos ajudar?

Vamos ver!

“Aquele que busca a verdade deve, em todos os tempos, confiar em Deus, renunciar aos povos da terra, desprender-se do mundo do pó e apoiar-se n’Aquele que é o Senhor dos Senhores... Ele deve contentar-se com pouco e purificar-se de todo desejo desmedido. Deve estimar como um tesouro a companhia dos que renunciaram ao mundo, e ver que lhe traz um benefício precioso evitar os homens jactanciosos e mundanos... deve ele consumir todo pensamento refratário e passar, com a celeridade do relâmpago, tudo, salvo Ele... Não deve ele hesitar em oferecer a sua vida pelo Bem-Amado, nem deve permitir jamais que a censura do povo o desvie da Verdade.”
~ Bahá’u’lláh (Fé Bahá’í)

“Confia no Eterno e faz o bem; assim habitarás na terra e te nutrirás com a fé. Deleitar-te-ás com o Eterno e Ele atenderá os desejos de teu coração. Orienta teu caminhos para o Eterno, confia Nele e Ele agirá.”
~ Salmos 37: 3-5 (Velho Testamento)

“Ó amados de Deus! Sabei vós que o mundo é idêntico a uma miragem que se eleva sobre as areias, a qual o sedento confunde com água. O vinho deste mundo não passa de um vapor no deserto, sua piedade e compaixão não são senão faina e dificuldades, e o sossego que oferece é apenas lassitude e pesar. Abandonai-o àqueles que lhe pertencem, e volvei as faces ao Reino de vosso Senhor, o Todo-Misericordioso, a fim de que Sua graça e generosidade esparjam seus esplendores matinais sobre vós, e vos faça descer uma mesa celestial, e vosso Senhor vos abençoe, e verta copiosamente Seus tesouros sobre vós para alegrar-vos o íntimo e preencher vossos corações com beatitude, para atrair vossas mentes, purificar-vos as almas e consolar-vos os olhos”.
~ ‘Abdu’l-Bahá (Fé Bahá’í)

“Com certeza o caminho que conduz ao proveito mundano é um e outro é aquele que leva ao Nibbana; compreendendo isso… o discípulo do Buda, não deve se alegrar em favores mundanos, mas cultivar o desapego.”
~ Dhammapada 4:16 (Budismo)

“Por isso, não andeis preocupados, dizendo: Que iremos comer? Ou, que iremos beber? Ou, que iremos vestir?... Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”
~ Mateus 6: 31-33 (Novo Testamento)

“Aceita por igual o prazer e a dor, o ganho e a perda, o triunfo e a derrota e prepara-te para a batalha. Assim, não cairás em pecado... Aquele que em nenhuma circunstância de sua vida se altera, nem se afeta pelos azares ou sorte; o que, com ânimo sereno e imperturbável, não se aflige na adversidade, nem se regozija quando a fortuna lhe sorri, descansa no supremo conhecimento.”
~ Bhagavad Gita II: 38-57 (Hinduísmo)

“Ó Meu irmão! Um coração puro é como um espelho; limpa-o com o polimento do amor e do desprendimento de tudo exceto de Deus, para que nele possa brilhar o sol verdadeiro e a manhã eterna alvoreça. Tu verás então, com clareza, o que significa: Nem Minha terra nem Meu céu Me contêm, mas o coração de Meu servo fiel Me contém. E tomarás tua vida em tua mão e a lançarás com infinito anelo diante do novo Bem-Amado.”
~ Bahá’u’lláh (Fé Bahá’í)

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